| 11/01/2005 08h10min
A chuva forte e mal distribuída em pontos isolados não aplacou a seca que prejudica lavouras no Estado. A precipitação do fim de semana beneficiou rios, barragens e pastagens, mas não iniciou a recuperação da agricultura na maioria das propriedades.
De acordo com o meteorologista Glauco Freitas, da Central de Meteorologia da RBS, há previsão de pancadas de chuva em áreas isoladas no decorrer desta semana.
Na região Norte, Erechim teve uma das maiores precipitações, registrando um índice de 113 milímetros. Quase não choveu na região Noroeste, uma das mais afetadas pela estiagem.
Em São Leopoldo, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) registrou até um aumento de 20 centímetros no Rio dos Sinos junto às bombas de captação. Em Novo Hamburgo, a Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) também constatou uma subida. No município, o rio aumentou seis centímetros e afastou por enquanto a ameaça de racionamento.
Três localidades do interior de Poço das Antas, no Vale do Taquari, estão sendo abastecidas por um caminhão-tanque emprestado por uma empresa da região. Os 10 milímetros de chuva que caíram não foram suficientes para restabelecer o volume do poço artesiano que fornecia água para 56 famílias.
Além da falta de água, os agricultores das três localidades, a maioria plantadores de acácia, estão enfrentando problemas com as mudas novas. O prejuízo chega a R$ 1 mil. As que sobraram estão 50% abaixo do tamanho normal, que deveria ser de um metro nesta época.
A vantagem das precipitações de domingo é que elas vieram no final da tarde, o que impediu que o Sol secasse a terra rapidamente. Mesmo assim, é preciso um volume maior de chuvas para reverter as perdas.
As informações são de Zero Hora.