| 09/09/2004 22h33min
O técnico José Luiz Plein jogou a toalha. Após mais uma derrota do Grêmio – a 11ª em 21 jogos do time sob seu comando –, o treinador pediu demissão publicamente. Durante a entrevista coletiva realizada logo depois da partida contra o Botafogo, ele admitiu que não tem mais forças para mobilizar o grupo gremista.
O treinador se mostrou cansado e confuso. Disse que "estava atrapalhando" e que é o "momento de sair". Em seguida, declarou que precisava conversar com a direção e que "estava de cabeça quente". Mas deixou claro que depois de conseguir apenas quatro vitórias e seis empates (um pífio aproveitamento de 28,5%) não teria mais condições de prosseguir o trabalho no Grêmio, hoje 22º colocado no Brasileirão, com 28 pontos.
– É matéria para ser examinada com a cautela de sempre. No Grêmio, tudo se faz com tranqüilidade, com cabeça fria. A decisão será tomada no momento certo. Evidentemente que o técnico não pode estar feliz – disse o presidente Flávio Obino, demonstrando muita irritação.O vice de futebol Hélio Dourado espera reverter a decisão do treinador. – Ele (Plein) é um homem de vergonha. Ele tem feito um trabalho estupendo no Grêmio. Eu vou falar com o Plein pessoalmente. Eu acho que a experiência pesa nestes momentos. Em primeiro lugar eu vou ouvir ele. Se ele estiver irredutível, o que farei eu? – disse Dourado.
Estão cotados para assumir o cargo Valdir Espinosa, técnico campeão mundial com o Grêmio em 1983, e Cuca.