O preço da conta de luz poderá acompanhar a variação do dólar, como já acontece hoje com os combustíveis. A afirmação é do ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, também no comando da Câmara de Gestão da Crise. O repasse, cujo cálculo é semelhante ao empregado nos combustíveis, é considerado inevitável por economistas. Porém, nada é oficial, afirmam. O repasse é solicitado pelas distribuidoras, porque grande parte da energia é comprada em dólares. De janeiro até a última sexta-feira, o dólar havia registrado alta de 32,75%. Apenas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode autorizar o acréscimo. Segundo o ministro Parente, em entrevista publicada no jornal O Globo neste domingo, o dólar tem encarecido o custo das distribuidoras e inviabilizado os investimentos no setor elétrico. O governo, explicou, não tem dinheiro e precisa fornecer condições favoráveis ao investidor privado para evitar a continuidade do racionamento. A fórmula do reajuste ainda está sendo discutida, mas acompanharia as oscilações da moeda norte-americana, "tanto para baixo quanto para cima", acrescentou Parente.