| 11/07/2001 12h42min
Os consumidores das Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste poderão ter a cota de racionamento aumentada de 20% para até 30%, caso o governo federal tenha de colocar em prática o plano de apagões. Os desligamentos programados deverão ser informados com 72 horas de antecedência para que os clientes das distribuidoras possam se preparar. Os setores não atingidos pelos cortes seriam hospitais, clínicas, centros cirúrgicos, centros de hemodiálise, metrô e trens, aeroportos, UTIs domiciliares, entre outros segmentos. Presídios e outras categorias só não poderão sofrer cortes à noite. A meta de redução do consumo será definida para cada concessionária e poderá ser diferente numa mesma região, ou seja, prevalecerá o critério de desempenho de cada distribuidora. As medidas fazem parte do chamado Plano B do racionamento, que inclui ainda a possibilidade de adoção de feriados às sextas-feiras. A Câmara de Gestão de Crise de Energia Elétrica (GCE) definiu como primeira alternativa os feriados às sextas-feiras, desde que não tenham feriados nacionais ou estaduais programados para a mesma semana. A GCE pode usar também o estoque de água do reservatório de Ilha Solteira, em São Paulo; aumentar o racionamento para grandes empresas e implantar os apagões às sextas-feiras (feriados) e fins de semana subseqüentes. Um balanço divulgado nesta quarta-feira indica que os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas nas regiões onde o racionamento está em vigor encontram-se com maior quantidade de água do que a prevista. Para o ministro, estes indicadores poderão afastar os apagões. O plano divulgado somente será colocado em prática se os níveis dos reservatórios ficarem abaixo do programado.