A crise econômica da Argentina deve provocar reflexos diretos no setor de turismo em Santa Catarina. Os empreendedores temem a queda no número de visitantes do país vizinho, que nos últimos anos representou uma média de 20% do total de turistas durante o Verão. Como alternativa, os catarinenses querem investir no mercado chileno. No próximo dia 24 uma comitiva da Assembléia Legislativa, autoridades e empresários do setor de turismo viajam para o Chile com intuito de vender a imagem de Santa Catarina. O grupo permanece no país durante seis dias. Conforme o diretor de planejamento e desenvolvimento turístico do Santa Catarina Turismo (Santur), José Arcino Silva, uma das dificuldades que precisa ser superada para facilitar a vinda dos chilenos é a ausência de vôos que ligam o Chile ao Estado. – Atualmente existe linha somente para São Paulo e a conexão dificulta a negociação com as agências de turismo – lamenta Silva. O diretor acredita que um dos caminhos para implantação deste vôo poderia ocorrer com a internacionalização do Aeroporto de Navegantes. A viagem duraria pouco menos de três horas. Atualmente, os chilenos representam apenas 0,78% do total de visitantes do Exterior em Santa Catarina - os argentinos somam 86,17%. Os empresários e autoridades catarinenses também querem aumentar o fluxo de mercados tradicionais, como São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Outro mercado para explorar e evitar prejuízos neste Verão com a possível redução da visita dos argentinos é o dos cruzeiros. Mas é necessário garantir a implantação de um porto alfandegário para permitir os transatlânticos atracarem no Estado. De acordo com o diretor da Santur, devem ser instalados postos em Itajaí e Florianópolis. Já o inspetor da alfândega do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, Mario Reifegerst, garante que por enquanto nenhuma providência concreta foi tomada para permitir a atracagem dos navios.