| 06/07/2001 09h39min
O novo plano de aumento de oferta de energia apresentado nessa quinta-feira, em Brasília, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, prevê a continuação de obras na Região Sul. Estão na relação do governo obras já prontas, como as hidrelétricas de Itá e Dona Francisca. A termelétrica da Refap, a gás, em Canoas, deverá gerar 500 MW até 2003. As importações também passam pela região. Uma conversora está em operação no eixo Argentina-Uruguaiana (com acréscimo previsto de 35 MW médios no final do período 2001/2003), e outra Uruguai-Livramento (63MW). Há ainda Argentina-Garabi (1 mil MW no final do período 2001/2203). A subestação Santo Ângelo deve atenuar restrições do fluxo na interligação Garabi/Itá, principalmente no caso de indisponibilidade da UTE Uruguaiana. O plano promete injetar 19,9 mil megawatts (MW) no sistema interligado. Esse acréscimo previsto, com o qual o governo espera superar a crise até 2003, equivale a 30% da capacidade instalada atual do país e resultará em aumento de tarifas. Com a construção de 21 usinas hidrelétricas, serão gerados 7,8 mil MW em três anos. As 15 termelétricas gerarão 6,4 mil MW. A estimativa é de a implantação do programa completo, que inclui linhas de transmissão, custará R$ 31 bilhões, dos quais R$ 22,1 bilhões virão da iniciativa privada. O Brasil também importará energia, principalmente da Argentina, e conta com a contribuição de cem pequenas hidrelétricas (PCHs), financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao apresentar o plano, o presidente disse que o objetivo básico é evitar os apagões e superar a crise até 2003. Hoje, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e Norte enfrentam racionamento. O programa apresentado não acrescentou muitas novidades em relação aos projetos já em desenvolvimento.
CAROLINA BAHIA