| 02/07/2001 11h49min
Produtores de carnes suína e de frango de Santa Catarina podem dobrar as exportações em um ano, passando de 150 mil para 300 mil toneladas, caso o produto passe a ser aceito nos mercados italiano e japonês. A estimativa é do presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes de Santa Catarina (Sindicarnes), José Zeferino Pedrozo. Em entrevista à rádio CBN-Diário na manhã desta segunda-feira, o dirigente destacou que os produtores aguardam com "grande ansiedade" o relatório da missão européia que deve visitar o Estado em setembro ou outubro. De acordo com Romano Marabelli, presidente da Organização Internacional de Epizootias (OIE), a abertura do mercado europeu só depende do que for relatado por esta missão. – A Itália tem muito interesse na carne suína brasileira – garantiu Marabelli, que, além de presidente da OIE, é secretário nacional de Defesa Sanitária da Itália. Marabelli destacou que a Itália é um país transformador de carne suína e precisa comprar matéria-prima de qualidade. A demanda por suínos aumentou muito na Europa, depois que vários casos do mal da vaca louca e de febre aftosa foram registrados no continente europeu. O presidente da OIE está em Santa Catarina desde sábado. Nesta manhã ele participa, em Florianópolis, do seminário Sanidade Animal e Vegetal, promovido por várias entidades agropecuárias do Estado e pela Secretaria de Agricultura. Na avaliação de Pedrozo, Santa Catarina deve conquistar a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação em nível internacional em maio do próximo ano. Em 2002, a carne suína catarinense pode voltar ao mercado europeu, principalmente ao italiano. – Aí podemos atingir também o mercado japonês – assinalou o presidente do Sindicanres.