| 06/06/2001 10h24min
A maioria dos pequenos hospitais catarinenses não poderá ter acesso ao financiamento público para aquisição de geradores próprios de energia. A Federação e a Associação Catarinense dos Hospitais considera restritiva a portaria que prevê a ajuda financeira para as instituições. Somente serão beneficiados os hospitais que têm entre 21 e 49 leitos e, no mínimo, um leito de UTI e duas salas cirúrgicas. Aqueles que possuem mais de 50 leitos precisam ter de seis a 10 leitos na UTI. – São poucos os estabelecimentos com UTIs deste tamanho no Estado – ressalta o diretor-executivo da Federação e da Associação Catarinense dos Hospitais, Brás Vieira. Até sexta-feira, as duas entidades têm de apresentar ao Ministério da Saúde a relação dos hospitais e a capacidade de cada um em manter o atendimento no caso de racionamento de energia ou apagão. A portaria 783 prevê a aquisição de geradores como fontes alternativas de energia por meio de parcerias entre o governo e as instituições. Os grandes hospitais públicos e privados do Estado possuem geradores próprios. – É obrigação dos administradores hospitalares manter um gerador sempre pronto para ser acionado – disse o diretor-executivo da Federação e da Associação Catarinense dos Hospitais, Brás Vieira. Em todo o Oeste e Extremo-Oeste, funcionam 49 hospitais, mas apenas dois – o de Xanxerê e o de Chapecó – possuem UTIs, conforme Vieira. Outra regra da portaria é que as instituições que já possuem um gerador, não importando sua capacidade, não poderão ser beneficiadas. Brás Vieira argumenta que muitas instituições hospitalares possuem geradores que não atendem mais a demanda. Ele cita como exemplos o Hospital Infantil Seara do Bem, de Lages, cujo gerador só tem capacidade para a UTI e o centro cirúrgico, e o Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, que tem um gerador de 187 kWa e precisaria de, no mínimo, 500 kWa.