As luzes da Ponte Hercílio Luz foram apagadas à 1h da manhã de hoje. A medida vai gerar uma economia de 12.580 megawatts (MW) por mês e uma redução de R$ 1.330 na conta de luz da prefeitura. As luzes da ponte continuarão a ser acessas às 18h e serão desativadas todos os dias a partir da 1h. Até então, o monumento permanecia iluminado até às 6h da manhã. A prefeitura decidiu pelo "apagão" para dar o exemplo à população, que está sendo convidada a reduzir o consumo de energia elétrica. Embora o risco de cortes de energia em Santa Catarina esteja descartado, o Estado se engajou na campanha contra o desperdício. A ponte será o primeiro ponto público sob responsabilidade da prefeitura que terá a energia cortada. O chefe da agência regional da Celesc, Valentim João Borgonovo, explica que a ponte já conta com um sistema para o desligamento automático das luzes. "Este equipamento foi instalado na época da execução do projeto e basta ser acionado", diz. O sistema de iluminação da ponte é divido em duas etapas. Por isso haverá um intervalo de um minuto entre o desligamento de uma metade e a outra do monumento. A colocação das luzes, que antes ficava restrita ao Natal, passou a fazer parte da paisagem da cidade. Para quem chega a Florianópolis pela Via Expressa, a suntuosa ponte é a primeira imagem. À noite, a beleza é ainda maior. Desde 1995, a iluminação da ponte não é desligada (a não ser em períodos de manutenção). A decisão da prefeitura foi embasada numa enquete realizada pela RBS TV, em que 55% dos 2.860 entrevistados votaram a favor. Apesar do desligamento das luzes da ponte ter sido defendida pela maioria, a decisão ainda causa polêmica. Muitas pessoas são contra, por se tratar do maior símbolo da cidade e um importante atrativo turístico. Os visitantes que passarem pela cidade entre 1h e 6h da manhã, não vão poder ver o monumento. Além da ponte, a prefeitura determinou o desligamento das luzes durante a madrugada na ciclovia da Avenida Beira Mar Norte, Parque de Coqueiros, Mercado Público, Alfândega, Portal Turístico, Casarão da Lagoa, além de igrejas, capelas, fortes e trapiches. Nestes locais vão ser desligadas as lâmpadas que fazem a iluminação de realce. A prefeitura gastou R$ 300 mil no projeto de iluminação destes locais, que vão ficar às escuras dentro de 10 dias. O desligamento das lâmpadas vai resultar numa economia de energia de 238 mil quilowatts por mês e evitará um desembolso de R$ 3.431,00 por mês. Além da redução do consumo, a vida útil das lâmpadas e equipamentos auxiliares deve dobrar. O "apagão" nos pontos turísticos não tem prazo para terminar.