| 28/05/2001 19h33min
Os 200 funcionários do Frigorífico Mercosul retornam nesta terça-feira ao trabalho depois de 15 dias de férias coletivas na unidade de Capão do Leão, na zona sul do Estado. Os abates, porém, não devem ser reiniciados por conta de um impasse entre a direção da empresa e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Pelotas, nascido com o ressurgimento da febre aftosa no Estado. Com matriz em Bagé, o Mercosul propôs a suspensão dos contratos de Capão do Leão até a recuperação do mercado, fragilizado pelo boicote internacional à carne gaúcha. Nesse período, não especificado pela empresa, os operários passariam por cursos de qualificação remunerados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Darci da Rocha, presidente do sindicato, e o diretor do Mercosul, Mauro Pilz, reuniram-se nesta segunda-feira na Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai), em Porto Alegre. Os trabalhadores querem que o governo do Estado, que flexibilizou as alíquotas de exportação como incentivo, intermedeie a negociação. Uma nova reunião ficou marcada para quinta-feira. Mesmo antes do encontro, Rocha rejeita a proposta de suspensão contratual.
FABRÍCIO CARDOSO