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 | 28/05/2001 09h48min

Oferta será decisiva para investimentos

Com o racionamento, a energia deverá ganhar posições no ranking dos 10 fatores críticos para a localização de novos projetos de investimentos no país. Até agora, os itens mais importantes levados em conta para a instalação de fábricas eram mão-de-obra, frete e incentivos fiscais, diz o diretor de Projetos da Simonsen Associados, Guilherme Lobo. Lobo explica que, dependendo da estrutura de custo da indústria, a energia tem pesos diferentes nas avaliações de viabilidade econômica de novas unidades. Com a crise, porém, certamente a energia, que não estava na lista dos cinco mais importantes fatores de risco, passará figurar como uma restrição às novas decisões de investimento. Na avaliação de Lobo, a crise energética deve acelerar o processo de desconcentração das empresas nas metrópoles. Essa tendência vem sendo observada nos últimos anos, mas motivada por outros fatores, como a proximidade de centros tecnológicos, onde a mão-de-obra é abundante e até mesmo a melhor qualidade de vida dos funcionários, que resulta em ganhos de produtividade. Pesquisa da Simonsen Associados, por exemplo, mostra que o Sudeste absorveu, em média, 60% das intenções de investimentos nos últimos cinco anos. Já no primeiro trimestre de 2001, a fatia da região recuou para 45,2%. Nesse mesmo período, o Nordeste, que deteve 15% das intenções de investimentos produtivos entre 1995 e 2000, respondeu por cerca de 20% no primeiro trimestre deste ano. O plano de racionamento

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