Embarca neste sábado para Paris a comitiva gaúcha que vai acompanhar a reunião da Organização Internacional de Epizootias (OIE). Além do secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, estarão no grupo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Carne (Sicadergs), Zilmar Moussalle, e os deputados Frederico Antunes (PPB), Ivar Pavan (PT), Paulo Odone (PMDB) e Luis Augusto Lara (PTB). Os gaúchos vão tentar incluir na discussão do encontro a necessidade de revisão no Código Zoossanitário Internacional. Segundo Antunes, os pleitos referem-se à inclusão nas normas a possibilidade de que um país ou zona possa decidir sobre a vacinação preventiva contra a doença – em casos específicos como ocorreu no Rio Grande do Sul, que não tinha focos mas estava próximo dos casos registrados no Uruguai – sem afetar a sua condição sanitária, e a permissão para que, em caso de foco, sejam sacrificados somente os animais contaminados, sem, com isso, prejudicar a comercialização de animais e carne com osso do Estado. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura (Dipoa), Rui Vargas, disse, porém, que os pleitos não estarão incluídos na pauta oficial do encontro. Conforme Vargas, os temas abordados na reunião, por exigência da própria OIE, deveriam ter sido encaminhados até o dia 1º de janeiro de 2001, depois de serem avaliados nos comitês da entidade. O diretor ressaltou que isso não impede que as reivindicações do Estado sejam apresentadas e debatidas nos fóruns paralelos à reunião, que, entretanto, não têm poder deliberativo. Na pauta oficial, está a análise da declaração do Circuito Pecuário Leste como área livre de aftosa com vacinação.