A Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) deve decidir na próxima semana se adota a idéia de decretar feriado às segundas-feiras para economizar energia. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência da República, não há ainda definição sobre o assunto. A proposta foi feita à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, presidida por Parente, pelo professor da USP José Savasini e o consultor do grupo Rede Fernando Quartim. Os técnicos que elaboram as medidas de racionamento estão avaliando se a redução no consumo de energia seria expressiva. O ministro Pedro Parente admitiu ontem que o feriado pode ser uma "medida adicional" para a redução do consumo. Segundo um assessor da Casa Civil, as geradoras e distribuidoras de energia estão fazendo o levantamento da redução de demanda e o ministério do Planejamento, avaliando o impacto da medida no setor público. A idéia tem a oposição de alguns empresários. Ontem, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Furlan, do Grupo Sadia, criticou a proposta que, em sua opinião, não soluciona o problema. Ele chegou a cogitar que se o governo adotar o feriado às segundas será preciso compensar esse dia com trabalho aos domingos. A Sadia está adotando medidas de racionalização de energia em suas unidades e já comprou geradores para suprir suas necessidades. Segundo Furlan, a empresa não planeja reduzir a produção. O plano de racionamento