| 17/05/2001 12h59min
O governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, disse hoje em Brasília que pode estar havendo sabotagem para contaminar o rebanho catarinense. Amin criticou a passagem de quatro toneladas de carne ovina com osso nessa quarta-feira pelo Estado, proveniente do Rio Grande do Sul, em direção a São Paulo. As normas de combate ao avanço da febre aftosa editadas pelo Ministério da Agricultura impedem a saída de carne com osso e animais do Rio Grande do Sul para outros Estados. – Sem respeitar essas regras sanitárias, é sabotagem – afirma o governador, que participou em Brasília de uma reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Depois de ficar retida por sete horas no posto de fiscalização em Rio Negro, no Paraná, divisa com Santa Catarina, no entanto, a carga foi liberada. A Secretaria de Agricultura paranaense considerou que a carne estava fora da proibição porque teria sido abatida antes do surgimento de focos em território gaúcho neste ano. A partir desta sexta-feira, Santa Catarina vai instalar mais quatro barreiras fixas na divisa com o Rio Grande do Sul. Até esta quinta-feira, 11 barreiras fixas e mais seis móveis operam nos 700 quilômetros de extensão entre os dois Estados. Entre barreiras na fronteira com a Argentina e nas divisas gaúcha e paranaense, Santa Catarina mobiliza 700 pessoas, entre técnicos sanitários, policiais militares, fiscais e Forças Armadas. Amin participou de reunião convocada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Alvorada para discutir o problema da aftosa com seis governadores. O governador gaúcho, Olívio Dutra, não fez comentários ao chegar ao local. Segundo informações divulgadas pela RBSTV, com exceção de Olívio, os demais governadores apoiaram a política sanitária brasileira. O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, viaja hoje para Londres e Bruxelas, onde apresentará a posição dos governadores. • Tire suas dúvidas sobre a doença