| 11/05/2001 09h20min
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, e o ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes mantiveram nesta sexta-feira em entrevista à Rádio Gaúcha as divergências em relação ao abate dos animais infectados com febre aftosa no território gaúcho. Segundo Pratini de Moraes, os veterinários e organismos que tratam deste assunto recomendam o abate do rebanho, a vacinação e o cerco da área infectada. – Se isso não for feito, dentro de três meses todo o Rio Grande do Sul estará com a doença – afirmou. Hoffmann discorda dessa posição. O secretário gaúcho destacou que não tem sentido adotar o rifle sanitário se o Uruguai não o fizer, pois o vírus permaneceria na zona da fronteira. De acordo com ele, é preciso adotar um política comum com os governos uruguaio e argentino. Hoffmann destacou que é possível controlar a aftosa sem abates. – Temos que apostar tudo na imunização do rebanho gaúcho – ressalta. Sobre o possível isolamento do Rio Grande do Sul em relação ao resto do Brasil, o ministro disse que o próprio Estado gaúcho se isolou. Pratini destacou ainda que os outros países estão proibindo as importações de todo o território nacional porque não conhecem o sistema de zonas. Segundo ele, um possível surto de aftosa no Rio Grande do Sul afetaria o volume de exportações de carne do Brasil, previsto em US$ 1 bilhão para este ano. Hoffmann rebateu que se o Estado concordar com as idéias propostas pelo governo federal e realizar o abate cada vez que surgir um foco no território gaúcho, o Rio Grande do Sul servirá de zona tampão para proteger o rebanho catarinense e nacional. • Tire suas dúvidas sobre a doença