O surgimento de um novo foco de aftosa no Rio Grande do Sul não influenciou até o momento as exportações catarinenses com a Rússia. As principais agroindústrias continuam a negociar com aquele país, um dos maiores compradores de produtos de origem suína de Santa Catarina. De acordo com assessoria do Frigorífico Aurora, de Chapecó, a empresa ainda está comercializando seus produtos com os importadores russos. A Aurora vende cerca de 2 mil toneladas de carne suína in natura por mês para a Rússia. A mesma situação ocorre com a Seara Alimentos, que negocia 3 mil toneladas de carne suína ao mês com a Rússia. O diretor de exportações da empresa, Luis Pedro Bertuol, no entanto, admite que o surgimento de focos de aftosa no Rio Grande do Sul deixou o mercado internacional bastante agitado. Porém, apesar da incerteza, Bertuol afirma estar confiante com relação ao futuro das exportações de carne suína: – Mesmo que o governo russo baixe um decreto nas próximas horas proibindo a importação de carne brasileira, acreditamos que Santa Catarina deve ser liberada logo em seguida de uma provável proibição. De acordo com Bertuol, a Seara alimentos exporta 3 mil toneladas de carne suína por mês para a Rússia. Já o gerente de comércio exterior do Frigorífico Chapecó, Carlos Eduardo Santana, afirmou que a informação de que o governo russo teria proibido a importação de carne suína brasileira "não procede". A empresa exporta cerca de US$ 4 milhões mensais. – O que pode estar ocorrendo é que alguns importadores russos, isoladamente, tenham tomado a decisão de suspender temporariamente a importação da carne suína brasileira. Porém, oficialmente, o governo russo ainda não se manifestou a respeito do problema da aftosa no Brasil. De acordo com Santana, o escritório do Frigorífico Chapecó localizado na capital russa, Moscou, informou nesta quinta-feira que o Ministério da Agricultura daquele país vai realizar uma reunião na sexta-feira para tomar uma posição oficial sobre o assunto.