| 09/05/2001 17h23min
O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, deixou Florianópolis rumo a Brasília no final da tarde desta quarta-feira ainda apostando na reversão da decisão do Ministério da Agricultura de autorizar a vacinação contra a febre aftosa em todo o rebanho gaúcho. Zonta não sabia, por volta de 17h, se a portaria com a autorização já havia sido assinada pelo ministro Marcus Vinicius Pratini de Moraes. A medida retira o Rio Grande do Sul do Circuito Pecuário Sul. Zonta comanda nesta quinta-feira na capital federal a reunião extraordinária do Fórum Nacional de Secretários de Agricultura que discutirá o combate à aftosa. O secretário catarinense teme o efeito da decisão do Ministério para as exportações do Estado. Santa Catarina ficaria isolada ainda mais na condição de único território com certificado sem vacinação no país. O diretor de Defesa Sanitária Animal da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Adelino Renuncio, comenta que a vacinação muda as possibilidades de alguma flexibilidade no fluxo de animais vindos do território gaúcho. Renuncio, que também viajou para Brasília, avalia que a imunização generalizada aumenta o risco na região. Na reunião dos secretários, seria proposto a liberação para ingresso de animais vivos oriundos de regiões gaúchas que estavam fora da zona tampão. Até a tarde desta quarta-feira, apenas 25 municípios do Estado iriam ter os rebanhos imunizados. Desde o último fim de semana, estão proibidos de pisar em Santa Catarina animais vivos e carne com osso de diversas espécies, principalmente a bovina.