Uma semana após a decisão do governo federal e estadual de imunizar parte do rebanho gaúcho, começa nesta quarta-feira a vacinação contra a aftosa em 25 municípios da fronteira com o Uruguai. As primeiras doses serão aplicadas na Fazenda Santa Rufina, em Santana do Livramento, município onde foi confirmado clinicamente um foco da doença. O governador gaúcho Olívio Dutra, o secretário da Agricultura e Abastecimento, José Hermeto Hoffmann, e o secretário nacional de Defesa Agropecuária, Luis Carlos Oliveira, acompanham a vacinação. Os primeiros animais que receberão a vacina encontram-se em propriedades situadas na área tampão, ou seja, a partir de um raio de 25 quilômetros do foco comprovado clinicamente em Santana do Livramento. A vacina ocorrerá de fora para dentro, ou seja, da parte externa da zona tampão em direção ao foco. A aplicação será feita simultaneamente nos outros 25 municípios próximos à fronteira do Uruguai, tão logo as doses cheguem às localidades. A estratégia de aplicação traçada compreende inicialmente a imunização do gado de propriedades que fazem fronteira com o Uruguai, seguindo para o leste. O cronograma de vacinação foi elaborado pelos técnicos da secretaria gaúcha considerando o grau de risco de cada região. O trabalho envolverá, inicialmente, 305 servidores do Departamento de Produção Animal da Secretaria da Agricultura, aos quais se somará o efetivo dos escritórios regionais e municipais da Emater/RS e Fepagro dos municípios em que haverá vacinação. A Brigada Militar também está disponibilizando homens para apoiar a operação. O coordenador de campo da operação em Livramento, Gilberto Fernandes, ressalta que os produtores não precisam ficar aflitos na busca da vacina. Segundo Fernandes, a aplicação das vacinas será agendada pela secretaria e os proprietários comunicados. Nas pequenas propriedades e assentamentos, será aplicado o “gatilho oficial”, ou seja, a aplicação será feita por agentes sanitários sob coordenação direta de médicos veterinários do Estado. Em propriedades de maior porte, onde tratadores já possuam treinamento para a aplicação, a vacinação poderá ser feita pelos funcionários das cabanhas, supervisionados pelos veterinários do Estado. • Tire suas dúvidas sobre a doença