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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente nacional do PSDB, José Serra, podem ser convidados para depor na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado sobre o caso do ex-assessor da Presidência, Waldomiro Diniz. O requerimento pedindo a presença de Serra e Dirceu deve ser apresentado nesta terça, dia 6, pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
– O José Dirceu vai ser chamado por entendermos que ele não falou à nação sobre o caso Waldomiro. E o Serra, para mostrar que não tem nada a ver com a história – disse Virgílio.
Serra explicaria se tem ligação com o procurador da República José Roberto Santoro. O procurador foi flagrado, em gravação, pressionando Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a entregar a fita original em que Waldomiro Diniz aparece pedindo dinheiro ao empresário do jogo para si próprio e para campanhas a governador. O fato ocorreu em 2002, quando Waldomiro era presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).
O interrogatório deu munição ao governo para afirmar que tratou-se de conspiração. Na gravação, o procurador admite que poderia ser acusado de querer derrubar o governo. Dias depois da divulgação da fita, integrantes do PT afirmaram que Serra tem relações Santoro. O procurador teria trabalhado no Ministério da Saúde, quando Serra ocupava a pasta. O tucano nega a proximidade com o procurador.
– O Serra coloca à disposição os seus 62 anos de vida e, se necessário, explicará até o motivo pelo qual ficou careca – ironizou Virgílio.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, no entanto, disse que não vê "nenhuma possibilidade da iniciativa prosperar", argumentando que nem em governos anteriores a articulação para convidar um ministro-chefe da Casa Civil "teve procedência". Virgílio sabe que são poucas as chances de o requerimento ser votado na comissão, que conta com maioria governista.
As informações são da agência Reuters.