| 07/05/2001 14h15min
O Uruguai, que começou a imunizar seus rebanhos há três dias, enfrenta a possível falta de doses da vacina contra a febre aftosa. O país mantinha há seis anos o status de zona livre de aftosa sem vacinação, e agora registra 190 focos da doença. Dos 19 departamentos (Estados) uruguaios, apenas três não apresentam focos. Para Cerro Largo, na fronteira com o Brasil, foram enviadas 205 mil doses da vacina, mas o número é insuficiente para as 900 mil cabeças da localidade. Cerca de 15 milhões de doses serão necessárias para imunizar todo o rebanho uruguaio. A volta da vacinação, no entanto, não deve ser suficiente para tirar o país da crise econômica. Um dos maiores frigoríficos uruguaios, que abatia 800 cabeças por dia e exportava para 10 países, concedeu férias coletivas aos 500 funcionários. Os produtores aguardam uma resposta do governo. Nesta segunda-feira, o presidente uruguaio, Jorge Batlle, anuncia medidas para tentar recuperar a economia nacional. A situação, no entanto, não é nem um pouco animadora – 35 frigoríficos já fecharam, e, segundo economistas, 13 deles não devem ser reativados. A crise atinge também o setor de transportes – mil caminhões boiadeiros estão parados, e 600 motoristas podem ficar sem seus empregos. A boa notícia, por enquanto, é o fim do abate de animais com a retomada da vacinação. Um novo foco de aftosa foi confirmado pelo Ministério da Agricultura uruguaio nesta segunda-feira na localidade de Potreiro Grande, a 45 quilômetros do município gaúcho de Chuí, na zona sul. Na região, 140 mil das 300 mil cabeças já foram vacinadas. No lado brasileiro, três barreiras sanitárias estão montadas. As informações são da RBSTV.