| 06/05/2001 21h12min
A confirmação de focos de febre aftosa na Estância El Paraíso, em Tomas Gomensoro, no Departamento uruguaio de Artigas, neste sábado, foi decisiva para deixar os pecuaristas gaúchos alarmados. Da propriedade, localizada às margens da Ruta 75, é possível avistar as torres telefônicas da cidade brasileira de Barra do Quarai. Por via rodoviária, a distância é de 25 quilômetros, mas baixa para 15 quilômetros em linha reta. A suspeita da presença do vírus em sete animais na última quinta-feira se transformou em confirmação no último sábado, e motivou uma reunião da Inspetoria Veterinária Regional, com sede em Artigas. No encontro, foi decidido que, nesta segunda-feira, será formado um cordão de isolamento de cinco quilômetros em torno do foco. Serão vacinados os animais da Estância El Paraíso, de Pedro Aguerre, além de outras cinco propriedades lindeiras. A propriedade de Aguerre tem 1,1 mil cabeças de gado e outras 1,8 mil de ovinos, espalhados por uma área de 1,2 mil hectares. Na região, o clima é de satisfação com a decisão do governo uruguaio de vacinar o rebanho e não usar o rifle sanitário na luta contra a aftosa. No lado brasileiro, em Barra do Quaraí e Uruguaiana, os produtores sonham com a chegada imediata da vacinação contra a doença. Na Cabanha Rincón del Sarandy, da brasileira Cláudia Silva e do argentino Raul Torrenti, a apreensão também é grande. O casal, que também tem propriedade em Mato Grosso, diz que poderá vacinar diretamente o rebanho de 700 cabeças das raças angus e brangus. No Brasil Central, onde são criadas 780 cabeças, a vacinação é feita anualmente e Torrenti é quem maneja as seringas. • Tire suas dúvidas sobre a doença