| 31/03/2004 11h55min
A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Porto Alegre voltou a crescer em fevereiro, chegando a 15,8%. No mês anterior, a Pesquisa de Emprego e Demprego (PED) registrou 15,3%, conforme divulgou nesta quarta, dia 31, a Fundação de Economia e Estatística (FEE). O contingente de desempregados aumentou em 9 mil pessoas, somando 283 mil indivíduos. O incremento ocorreu devido à queda da ocupação, uma vez que a População Economicamente Ativa (PEA) se manteve praticamente estável.
Após quatro meses de comportamento favorável, o nível ocupacional teve variação negativa 0,6% em fevereiro. A queda de 8 mil postos de trabalho reduziu o contingente de ocupados para 1,5 mil indivíduos. O setor que mais contribuiu para a retração foi a indústria, com redução de 9 mil ocupados. Por sua vez, o comércio registrou incremento de mil pessoas, enquanto os serviços perderam 8 mil postos de trabalho. Nas demais áreas houve uma elevação em 8 mil indivíduos ocupados. Observaram-se elevações na construção civil e nos serviços domésticos.
O comportamento da taxa de desemprego total foi influenciado pelo crescimento da taxa do desemprego oculto, que passou de 5,4% da PEA para 5,8% em fevereiro. A elevação do desemprego aberto ocorreu de forma mais modesta, de 9,9% para 10,0%. Estima-se que 179 mil pessoas estavam na condição de desemprego aberto e 104 mil na de desemprego oculto, no mês de fevereiro.
Também no confronto com fevereiro de 2003, a taxa de desemprego total sofreu aumento, passando de 14,8% para 15,8% em fevereiro deste ano. Esse comportamento é resultado, principalmente, do acréscimo da taxa do desemprego aberto, que era 9,3% e passou para os atuais 10,0%. A taxa do desemprego oculto também teve sua contribuição para o acréscimo, passando de 5,5% para 5,8% no período em análise.
Quanto aos atributos pessoais, em fevereiro de 2004 no confronto com janeiro, destacam-se o aumento da taxa de desemprego dos indivíduos com 40 anos e mais, que era 8,9% e foi para 9,7% da respectiva PEA; em menor medida, o aumento da taxa dos indivíduos que não ocupam a posição de chefe no domicílio, que era 20,3% e foi para 21,3%; e a dos indivíduos cor branca, que passou de 14,3% para 14,9%.
A taxa global de participação — indicador que expressa a proporção da População em Idade Ativa (PIA) que se encontra na condição de ocupada ou desempregada — apresentou pequena queda, passando de 58% em janeiro para 57,7% no mês em análise.
Em janeiro, o rendimento médio real dos ocupados apresentou decréscimo de 1,8%, e o dos assalariados, 1,2%. Em termos monetários, esses rendimentos reduziram-se para R$ 827 e R$ 852 respectivamente.
Além da FEE, a pesquisa é feita em parceria com a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE).