| 03/05/2001 20h06min
O racionamento de energia elétrica deverá durar de junho até pelo menos novembro, mas poderá ser ampliado. Isso vai depender da avaliação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), disse nesta quinta-feira Saulo Cisneiros, coordenador do programa de racionamento. A medida vai começar pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, mas poderá ser adotada nas regiões Sul e Norte do país a partir de julho ou agosto. O racionamento começará no Sul e no Norte quando essas duas regiões não conseguirem mais transmitir o máximo de energia possível para o Sudeste e o Nordeste. Atualmente, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as regiões Sul e Norte podem atender a todos os seus consumidores e ainda transmitir a energia excedente para os Estados do Sudeste e do Nordeste. Quando isso não for mais possível, haverá racionamento. Se isso acontecer, o mais provável é que o racionamento comece a partir de julho ou agosto no Sul, quando começa o período seco na região, e setembro ou outubro no Norte. De acordo com o documento entregue pela Aneel aos distribuidores de energia, o racionamento por meio de cotas de consumo poderá ser substituído a qualquer momento, em caso de insucesso, pelo sistema de corte programado de energia. Se a economia estiver em 80% da meta de redução, o plano será considerado bem sucedido. O valor da cota de economia será calculado com base no consumo do mesmo mês no ano passado, descontando-se o percentual de corte, que será de 20% no geral. No caso das residências, a redução será de 21%, na indústria de 18%, no comércio de 20%, no setor rural de 10% e em outros, incluindo a administração e iluminação pública.