| 02/05/2001 23h53min
Doze indústrias do Norte do Estado, que representam os maiores consumidores catarinenses de energia elétrica, decidiram nesta quarta-feira apoiar o plano de redução de consumo proposto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mas querem compensações. A decisão foi tomada numa reunião realizada na sede da Associação Comercial e Industrial de Joinville (Acij), com representantes da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) e da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). As empresas se comprometeram em começar a diminuir o consumo, mas querem que o total de energia usada a partir de agora não sirva para fazer uma média da demanda, no caso do racionamento atingir também o Sul do Brasil a partir de julho. Sem esta garantia, as empresas temem ser prejudicadas no futuro. É que se o racionamento for implantado, o grupo terá uma cota do insumo para gastar, baseada na média dos últimos 12 meses. Acima desse limite, a conta fica mais salgada, segundo o plano da Aneel. Reivindicações como essa foram entregues ao presidente do Grupo Executivo de Energia de Santa Catarina (Genesc), vice-governador Paulo Bauer, que levará o documento à reunião da Aneel, marcada para esta quinta-feira, em Brasília. A Fiesc também está apoiando o plano de redução de consumo energético, garantiu o presidente da Câmara de Energia, Albano Schmidt. A entidade planeja uma grande campanha para incentivar a redução do consumo nas indústrias. A campanha deve ser lançada este mês, provavelmente durante a Semana da Indústria, segundo o secretário executivo da Câmara de Energia, Anderson de Menezes. As ações foram discutidas por representantes da Fundição Tupy, o maior consumidor privado de Santa Catarina, da Multibrás, Tigre, Amanco, Döhler, Docol, Busscar, Ciser, Schulz, Metalúrgica Duque e Termotécnica, de Joinville, e da Weg, de Jaraguá do Sul.
LIZIANE RODRIGUES