| 02/05/2001 10h44min
Técnicos gaúchos se reúnem com o Ministério da Agricultura no fim da manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre, para definir as estratégias de vacinação do rebanho do Estado contra a febre aftosa nas regiões de fronteira com o Uruguai e a Argentina. No encontro, devem ser determinados o número de municípios atingidos, o volume necessário de doses e a quantidade de pessoas necessárias para a operação. De acordo com a delegacia do ministério na Capital gaúcha, os municípios que deverão passar a vacinar seus rebanhos devem ser definidos levando em conta aspectos como rios, serras e outros acidentes naturais. A reunião deve se estender até esta quinta-feira. A retomada da vacinação nas regiões de fronteira do Rio Grande do Sul foi aprovada nesta terça-feira, em uma reunião entre o governador gaúcho, Olívio Dutra, e o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, em Porto Alegre. Pratini destacou que o plano também deve ser aprovado pelo governo de Santa Catarina. Ele se prontificou a falar ainda nesta quarta com o governador catarinense, Esperidião Amin. O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Odacir Zonta, antecipou que admite vacinar o gado na fronteira, desde que a condição sanitária não seja ameaçada. Ele ressaltou, entretanto, que a proposta deverá ser submetida aos produtores na reunião do Circuito Pecuário Sul. O objetivo é evitar prejuízos, principalmente para a suinocultura. O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, José Hermeto Hoffmann, acredita que até o próximo sábado a campanha de vacinação seja iniciada na fronteira do Estado, que detém cerca de 10% do rebanho gaúcho – cerca de 1,3 milhão de cabeças. Hoffmann informou que o governo estadual está editando uma portaria proibindo a realização de feiras, exposições, leilões e qualquer evento que implique na movimentação de animais na fronteira. Já foi enviado à Assembléia Legislativa um projeto de lei pedindo a contratação emergencial de 1,1 mil técnicos para auxiliar na operação. O secretário acredita que a comercialização de gado e carne com osso na região de fronteira não será prejudicada. A reunião do Circuito Pecuário Sul foi antecipada, e deverá se iniciar na próxima sexta-feira. O encontro, de quatro dias, será dividido em duas partes distintas. Os dois primeiros dias serão dedicados à discussão de assuntos técnicos, e o restante da reunião será em conjunto com produtores dos dois Estados. • Tire suas dúvidas sobre a doença