| 22/04/2001 16h42min
Uma série de documentos oficiais revela um esquema de fraudes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) em Tocantins, Pará e Amapá. O esquema foi desvendado pela Polícia Federal (PF), a partir de 380 horas de gravações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal. Segundo os documentos, escritórios de consultoria e empresas beneficiadas pela Sudam participaram das fraudes. As gravações também apontam que parte do dinheiro desviado financiou campanhas eleitorais. O Ministério Público Federal pedirá a quebra do sigilo bancário da empresária Márcia Cristina Zaluth Centeno, mulher do presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). Um documento encontrado pela PF em Belém, no Pará, relaciona a empresária a dois grupos de fraudadores da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Um deles é de José Osmar Borges, ex-sócio de Jader, e outro é da família Soares. O documento foi encontrado em um dos escritórios de consultoria da ex-diretora financeira da Sudam, Maria Auxiliadora Barra Martins. A PF também descobriu que Maria Auxiliadora é contadora da Centeno & Moreira, empresa da mulher de Barbalho e acusada de desviar R$ 9 milhões de um projeto de criação e exportação de rãs, aprovado pela Sudam. As informações são da Rádio Gaúcha.