O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou nesta sexta-feira que não pode responder com convicção se votará pela cassação dos parlamentares Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (PSDB-DF), caso eles sejam processados por quebra de decoro. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o senador gaúcho disse, no entanto, que o episodio da violação do painel eletrônico ficou totalmente claro após o depoimento da ex-diretora do Centro de Processamento de Dados do Senado (Prodasen), Regina Borges. Simon disse que o relato foi impressionante, emocionante e profundo. O peemedebista lembrou ainda que os laudos técnicos da Unicamp não deixam dúvidas quanto à autenticidade das gravações de conversas de ACM com procuradores da República, assim como a fraude ocorrida no sistema eletrônico de votação do Senado. Simon disse ser inclinado a preferir a votação aberta em plenário, mas reconheceu que isto pode causar pressões sobre os parlamentares. Entretanto, o senador gaúcho disse que o debate sobre a forma de votação deve ficar para outro momento. O peemedebista disse ainda não estar arrependido por ter votado em Jader Barbalho (PMDB-PA) para presidente do Congresso, somente pelo fato de sua decisão ter rechaçado o veto de Antonio Carlos Magalhães ao nome de Jader. Mas Simon reconhece que, caso as denúncias de corrupção contra o senador paraense tivessem surgido antes, poderia ter votado de outra forma. Leia entrevista com Pedro Simon publicada no jornal Zero Hora.