| 18/02/2004 08h
O PMDB, maior partido do Senado, com 22 parlamentares, decidiu não assinar o requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção envolvendo o ex-assessor para Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presidência da República, Waldomiro Diniz. Mas dois senadores desobedecerão a decisão da bancada. Mão Santa (PMDB/PI), que já assinou o requerimento, e o senador Pedro Simon (PMDB/RS), que comunicou à bancada que também assinará.
A bancada do PMDB no Senado reuniu-se no início da tarde desta terça, dia 17, na residência do senador Valmir Amaral (DF), para discutir a questão. Não compareceram ao almoço os senadores Mão Santa (PI), Gerson Camata (ES), João Mota (ES), Alberto Silva (PI), José Maranhão (PB) e João Alberto (MA).
O líder do partido, senador Renan Calheiros, afirmou que o PMDB também não vai apoiar a proposta feita hoje pela bancada do PT no Senado de uma CPI ampla que investigue outros casos de financiamento de campanhas políticas além da que envolveu Waldomiro Diniz.
– Nós não queremos a Comissão Parlamentar de Inquérito porque não entendemos a sua necessidade. Qualquer CPI que alargue o leque de investigação vai colaborar para tumutuar ainda mais a vida política do país – disse o senador.
– O PMDB, no momento, quer demonstrar bom senso, equilíbrio, espirito público, e serenidade. Não entendemos que essa posição (CPI ampla) colabore para isto – afirmou o líder Calheiros.
As informações são da Agência Brasil.