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Depois de uma semana marcada por baixas, o dólar comercial fechou os negócios em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,904 na compra e R$ 2,906 na venda. O fluxo cambial positivo não foi suficiente para derrubar o preço da moeda.
O mercado iniciou o dia estressado por conta das denúncias da revista Época contra o subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz. De acordo com a revista, um vídeo mostra o assessor pedindo propina a um empresário e bicheiro, além de dinheiro para campanhas eleitorais. Diniz, que admitiu ter tido a conversa com o bicheiro, pediu demissão nesta manhã.
A proximidade do feriado americano do Dia do Presidente, na próxima segunda, reduziu o volume de negócios no mercado de câmbio. A retração acontece devido ao aumento do prazo de liquidação das operações. Para não ampliar esse prazo, investidores preferem antecipar ou adiar operações. Mesmo assim, as entradas de recursos superaram as saídas. Segundo os operadores, o dólar teria caído pela manhã, não fosse a cautela com o noticiário político.
Diante da liquidez reduzida e das dúvidas do mercado, o Banco Central voltou a ficar ausente do mercado. Desde o dia 4 que o BC não compra dólares para recomposição de reservas. Ontem o dólar fechou abaixo de R$ 2,90 pela primeira vez em fevereiro. Segundo operadores, o BC deverá entrar no mercado a qualquer momento, se a cotação voltar a cair.