| 10/04/2001 15h23min
O técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) em Santa Catarina José Álvaro Cardoso afirmou que o crescimento no nível de emprego formal nas regiões metropolitanas do Estado é um reflexo da desvalorização cambial, promovida pelo governo federal em 1999. Entre janeiro e dezembro de 2000, o setor cresceu 6,75% nas regiões norte e nordeste do Estado. Na Grande Florianópolis, a variação na comparação dos dois anos foi de 3,08%. No Vale do Itajaí, o estoque de contratos de carteira assinada subiu 5,88% no mesmo período. Segundo Cardoso, o emprego formal catarinense – dos empregados que têm carteira de trabalho – chega a 77%. Um levantamento do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no Estado apontou que de 1991 a 1998 o emprego formal sempre apresentou quedas. Nesse período, foram extintos 104 mil postos. Além disso, segundo Cardoso, teriam de ser criados outros 50 mil novos empregos ao ano em Santa Catarina para que a mão de obra jovem pudesse ser absorvida. Cardoso afirma que a estagnação no mercado se deveu às crises econômicas internacionais da década de 90 – México, 1994, Ásia, 1997, e Rússia, 1998. Mas a desvalorização cambial acabou sendo a responsável pela retomada do crescimento. Cardoso lembra que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 4,46% em 2000. O técnico do Dieese disse ainda que o órgão pretende ralizar pesquisas mensais de nível de emprego no Estado. Para Cardoso, a preocupação com dados sobre o mercado formal é crescente no país.