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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, minimizou, na manhã desta terça, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, o risco de redução de investimentos estrangeiros no Brasil por conta do pessimismo do mercado financeiro nos últimos dias. Segundo ele, basta que o país cumpra sua agenda econômica de 2004 para que mantenha a atratividade para os investidores internacionais.
– O investidor tem olhado o Brasil com muito interesse – disse Palocci, referindo-se às conversas que teve com empresários em Genebra, na Suíça, na semana passada.
Palocci descartou mudanças na política econômica.
– Seria um contrasenso mudar a política econômica depois de todos os ajustes que fizemos ano passado que melhoraram os indicadores – afirmou.
Para ele, declarações como a do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, sobre o adiamento da discussão sobre a autonomia do Banco Central, não abalam a confiança do investidor no país. O ministro acredita que o mais importante é o cumprimento das metas traçadas para este 2004.
Palocci voltou a defender o crescimento de longo prazo.
– O Brasil não quer crescer só em 2004. Quer crescer em 2004, 2005, 2010 – defendeu.
Para promover esse crescimento, o governo descarta a concessão de algumas vantagens para poucos setores, as chamadas câmaras setoriais.
– Preferimos reduzir os impostos em 30% de maneira gradual para todos os setores – disse.