O Brasil abriu 1 a 0 no confronto contra a Austrália pelas quartas-de-final da Copa Davis 2001, em Florianópolis. No início do quarto set da partida contra o catarinense Gustavo Kuerten, o australiano Patrick Rafter se retirou da quadra devido a dores no braço direito. No momento do abandono de Rafter, Guga já vencia o jogo por 2 sets a 1, parciais de 4/6, 6/4, 7/6 (7/1) com 2/1 no quarto set. O jogo começou equilibrado, apesar da torcida barulhenta e animada do Brasil que lotou a quadra central do complexo erguido na Avenida Beira-Mar Norte, na capital catarinense. Apesar do verde-amarelo a favor do Brasil ser maioria, um pequeno grupo de torcedores australianos vestindo o mesmo verde-amarelo chegou a fazer barulho nas arquibancadas, principalmente durante o primeiro set. Apesar do equilíbrio ter mantido a parcial em igualdade até o 4/4, Rafter abriu 5/4 no seu serviço e conseguiu quebrar o saque de Guga no game seguinte para fechar o set em 6/4. Na segunda série, Rafter veio embalado e, apesar de não conseguir a mesma agilidade e mobilidade que são suas marcas registradas devido à lentidão do piso de saibro, quebrou Guga logo no segundo game. O brasileiro não se desanimou e devolveu a quabra no game seguinte. Vencendo no serviço de Rafter novamente no oitavo game, Guga segurou a vantagem e fechou em 6/4. O terceiro set foi o mais nervoso e o mais disputado. Rafter conseguiu mais uma quebra sobre Guga no sexto game e chegou a abrir 5/2 no placar. Com o apoio da torcida e passando a vibrar cada vez mais com cada ponto conquistado, Guga conseguiu empatar a série em 5/5 e levar a decisão para o tiebreak. Uma atuação perfeita no game decisivo garantiu a vitória ao brasileiro por 7/1. Quando o quarto game do quarto set estava para começar, com Guga vencendo por 2/1 sem quabra de saque, o australiano anunciou que estava abandonado a partida devido a dores no braço direito. A estratégia da equipe da Austrália claramente é de poupar Rafter para a partida de duplas, que ocorre neste sábado, e para a segunda partida de simples, no domingo, que pode ser decisiva para a definição da equipe que avançará às semifinais da Davis. Segundo o próprio Rafter, a contusão no cotovelo direito é crônica - vem desde os 14 anos - e tem se agravado com a série de jogos das últimas seis semanas. A decisão a respeito da participação de Rafter na partida de duplas só será tomada neste sábado. Caso Rafter não jogue ao lado de Wayne Arthurs, como está previsto na escalação que o capitão John Fitzgeral entregou à organização do evento, será substituído por Lleyton Hewitt. – Eu estava me sentindo bem. Foi uma infelicidade – afirmou Rafter.

MARIANNE SCHOLZE