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Governo do Rio pedirá cronograma de pagamento da Parmalat

Empresa tem dívida pendente com 11 cooperativas do noroeste do Estado

Em reunião marcada para esta quarta-feira, dia 7, em São Paulo, o governo do Rio de Janeiro vai pedir ao presidente da Parmalat do Brasil, Ricardo Gonçalves, que apresente um cronograma de pagamento da dívida da empresa com as 11 cooperativas que fornecem cerca de 300 mil litros de leite por dia para a fábrica em Itaperuna, no noroeste do Estado. Até agora só foram pagos 30% da parcela de R$ 2,3 milhões, referentes à segunda quinzena de novembro. O total do mês de dezembro é de cerca de R$ 5 milhões.

Nesta terça-feira, dia 8, o secretário de Agricultura do Rio, Christino Áureo, defendeu em Brasília tratamento para grandes, médios e pequenos produtores. Segundo Áureo, a multinacional italiana estaria pagando aos grandes fornecedores e atrasando o repasse dos recursos devidos às cooperativas, que congregam maior número de produtores familiares.  Ele explicou que, apesar de ser uma atividade importante, a produção leiteira apresenta baixa rentabilidade e, sem liquidez, isto é, se os recursos passam a ser incertos, ela perde seu sentido.

No caso específico do Rio, Áureo disse que o governo quer uma avaliação precisa da Parmalat sobre as condições de manutenção da unidade de Itaperuna. Segundo ele, se não houver garantia de funcionamento, serão pensadas alternativas que permitam a continuidade das operações de secagem de leite. O objetivo é manter estoques estratégicos de produtos, mesmo em períodos de entressafra, seja através da arrecadação ou da venda para um grupo de cooperativas ou empreendedores. A fábrica de Itaperuna gera 220 empregos diretos e mais de mil indiretos, além da ocupação de mais de 40 mil pessoas em 10 propriedades fornecedoras de leite, disse o secretário.

As informações são da Agência Brasil.


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