| 05/01/2004 18h22min
Os promotores da cidade italiana de Parma que investigam a possível fraude que levou a Parmalat à concordata tentam descobrir como desapareceram os cerca de 8 bilhões de euros do rombo que deu origem à crise, para onde foi o dinheiro e se sobrou algum recurso. Eles contataram bancos estrangeiros em busca de informações. De acordo com a imprensa italiana, os investigadores acreditam que 250 milhões de euros levantados em uma emissão de bônus da unidade brasileira foi desviado para Malta, tendo antes passado por uma conta do Santander Central Hispano no paraíso fiscal das Ilhas Caimã.
Também há dúvidas sobre o papel dos bancos dos Estados Unidos que ajudaram a gerenciar uma emissão de cerca de oito bilhões de dólares em bônus da Parmalat entre 1997 e 2002. Os investidores norte-americanos compraram cerca de 1,5 bilhão de dólares em papéis do grupo. Um investigador da Securities and Exchange Commission (SEC), agência que regula o mercado de capitais dos EUA, disse ao jornal italiano Corriere della Sera que está sendo investigado se o Bank of America e outros bancos foram ''negligentes ou descuidados'' em seu envolvimento com as emissões. Acredita-se que o Bank of America organizou uma emissão no valor de 500 milhões de dólares desde 1997, além de ter estruturado outros negócios do grupo.
As informações são da agência Reuters.