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A produção industrial brasileira caiu em outubro na comparação com o mês anterior, interrompendo seqüência de três meses de desempenho positivo, um sinal de que a retomada do crescimento da economia ainda patina. O setor caiu 0,5% na comparação com setembro e avançou 1,1% contra igual período de 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda, dia 8.
No ano, a indústria apresenta estagnação, com crescimento zero. No período de 12 meses até outubro, a atividade industrial cresceu 0,8%. Dos 20 ramos pesquisados, apenas três tiveram queda frente ao mês anterior: química (-0,7%), farmacêutica (-4,4%) e produtos alimentares (-1,6%). As indústrias metalúrgica e de material de transporte sustentam taxas positivas, na comparação com o mês anterior, há seis meses consecutivos. Entre abril e outubro deste ano a metalúrgica cresceu 5,2% e material de transporte avançou 17,3%.
Por categorias, ainda na comparação com o mês anterior, observa-se crescimento em bens de capital (3,8%), bens de consumo duráveis (1,8%) e bens intermediários (0,3%). A área de bens de consumo semiduráveis e não duráveis apresentou estabilidade.
O segmento de bens de consumo duráveis é o que sustenta taxas positivas na comparação com o mês anterior há mais tempo – desde junho. Assim, entre maio e outubro deste ano, acumula aumento de 18,9%. As áreas de bens de capital e de bens intermediários vêm crescendo desde julho neste índice, e acumulam, respectivamente, aumento de produção de 15,5% e 7% entre junho e outubro. A trajetória recente do setor de bens de consumo semi e não duráveis difere dos demais setores: registra taxas negativas desde julho, com exceção do crescimento de 5,1% alcançado em setembro.