| 07/12/2003 16h03min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza no próximo dia 18 de dezembro uma reunião com todos os ministros para fazer um balanço do primeiro ano de governo. Além dos ministros, devem participar da reunião os líderes do governo no Congresso Nacional, que também devem apresentar os resultados da articulação entre Executivo e Legislativo durante os primeiros 12 meses do governo Lula. Segundo o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), a expectativa para o resultado da reunião é positiva.
Mercadante lembrou que o presidente Lula assumiu o governo em meio a uma forte crise de confiança externa que projetava um cenário ruim para o Brasil ao fim do primeiro ano do novo governo e que com medidas responsáveis conseguiu reverter o quadro.
– Agora todos os indicadores apontam para o crescimento econômico. Você fazer um ajuste deste tamanho num cenário internacional adverso, mantendo pelo menos o PIB já foi uma grande realização. E mais: com a casa arrumada podemos crescer com estabilidade que é o maior desafio do país – disse.
Superada a fase mais difícil da turbulência, o líder agora avalia que o país precisa investir em infra-estrutura. Para que isso ocorra, o senador destacou ser preciso aprovar o projeto de lei que cria as Parcerias Público-Privadas (PPPs) que tramita na Câmara dos Deputados, além da importância do novo marco regulatório brasileiro, que deve ser divulgado após o retorno do presidente Lula da viagem pelo Oriente Médio. Questionado sobre a taxa de desemprego de 12,9% divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mercadante apenas argumentou que o crescimento da economia nacional vai garantir que o governo também reverta este quadro.
– O crescimento econômico é o principal fator gerador de emprego. Não é o único. Temos o Bolsa Família e o Primeiro Emprego que ajudam, mas o determinante para mudar estes números será o crescimento da economia – disse.
Sobre o ingresso do PMDB no primeiro escalão do governo, Mercadante apenas lembrou que os condicionantes para que a reforma ministerial fosse realizada – aprovação das reformas tributária e da Previdência e fim do ano fiscal – já estão próximos de serem concluídos.
– Mas a decisão cabe ao presidente – resumiu.
Com informações da Agência Brasil.