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O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), esteve no Senado nesta sexta, dia 21, para defender a manutenção da fixação de subtetos salariais no texto da reforma da Previdência.
– Me parece que o mais adequado seria a manutenção do texto que veio da Câmara – disse Aécio Neves (PSDB) após reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) e o governador paulista, o também tucano Geraldo Alckmin.
Ele afirmou que reconhece as dificuldades dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, mas sugere que esses Estados resolvam a questão localmente. A reforma aprovada na Câmara prevê que o subteto (limite) para os salários do Poder Executivo é o do governador, no Legislativo, o do deputado estadual e no Judiciário, o de desembargador.
Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os governadores pretendem aumentar os próprios salários, que estão abaixo dos salários dos servidores do Poder Executivo. Na segunda, o governador gaúcho, Germano Rigotto (PMDB), vai a Brasília para tratar do assunto com Mercadante.
– Não há possibilidade de aprovar a reforma da Previdência sem a assegurar o subteto. O governo nunca aceitou a tese do subteto ser o salário do desembargador, porque o Executivo perderia a gestão sobre os vencimentos de seus funcionários – disse o senador petista.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, foi ao Senado fazer um balanço das negociações das reformas tributária e previdenciária com Mercadante. Dirceu reiterou que não falará à imprensa até 2004. As informações são da agência Reuters.