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 | 04/11/2003 18h47min

Melhor cenário mundial deve acelerar expansão brasileira em 2004

Secretário do Ministério da Fazenda acredita que Brasil pode superar os 3,5% de crescimento

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, afirmou nesta terça, dia 4, que o crescimento da economia brasileira pode superar os 3,5% esperados para o 2004, amparada por um cenário econômico mundial mais otimista.

Segundo Canuto, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisará seu prognóstico para o crescimento mundial com base em dados dos Estados Unidos e do Japão.

– A OCDE está revisando seus prognósticos para cima, e se isso vigorar dá para trabalhar com a hipótese que a economia mundial tenha de fato um ciclo positivo nos próximos dois anos. O crescimento brasileiro pode ser maior do que os 3,5%, certamente – afirmou o secretário durante um seminário organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Fundação Getúlio Vargas.

Ele disse ainda que o volume de investimento direto estrangeiro no Brasil deve superar o número deste ano, chegando a cerca de US$ 13 bilhões ou US$ 15 bilhões em 2004, refletindo a confiança externa no país.

– A visão no exterior é a melhor possível, todos estão percebendo que o país tomou as decisões corretas. A economia vai se recuperar e voltar a crescer – disse Canuto.

O economista-sênior para Integração e Comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Marcelo de Paiva Abreu, que participou do painel "A estratégia de Integração: Com quem, Quando e Como?" ao lado de Canuto, acredita que a queda na taxa de juros promovida pelo Banco Central contribuirá para a expansão do ano que vem.

– O Brasil está saindo de uma recessão que esteve associada a problemas de política econômica doméstica, como a elevação da taxa de juros. Então, espera-se uma recuperação – disse o economista após o seminário.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) tendo a inflação sob controle, reduziu a taxa básica de juros para 19%, o que significa um corte de 7,5% desde junho.

As informações são da agência Reuters.


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