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O presidente do PT, José Genoino, admitiu nesta segunda, dia 3, que o partido pode fazer alianças com partidos de oposição nas eleições municipais do próximo ano.
– O PT vai analisar caso a caso. O PT não está vetando diálogo nem negociação – disse Genoino ao deixar reunião da Executiva do partido.
Segundo Genoino, a estratégia do partido continua sendo a de disputar as eleições como cabeça de chapa onde tem maiores chances. A princípio, a idéia é fazer alianças com os partidos que já apoiaram o PT nas eleições municipais de 2000 e nas eleições do ano passado, além dos que integraram a base do governo depois, como PPS, PDT, PTB e PMDB.
O objetivo principal, segundo Genoino, é conseguir a reeleição nas oito capitais que o PT já administra – São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Recife (PE), Aracaju (SE), Goiânia (GO) e Macapá (AP) – e alcançar a prefeitura em outras seis: Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Teresina (PI), Rio Branco (AC) e Cuiabá (MT).
Entre os outros objetivos do partido, Genoino incluiu o início, no Congresso, do debate sobre a reforma do Judiciário.
– O partido vai priorizar como inciciativa a reforma do Judiciário. Vamos encaminhar essa reforma – disse Genoino, acrescentando que o PT espera iniciar a discussão com a ''consonância do Ministério da Justiça''.
Quanto à reforma ministerial, Genoino voltou a dizer que os ministérios do partido estão à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o PT "vai dar o exemplo".
– Não é o PT quem decide... Não vai ter problema, não vai ter trauma, nenhuma crise e nem estresse – disse.
Sobre o processo de expulsão radicais, que entra em sua fase final, Genoino disse apenas que não se trata mais de uma preocupação prioritária para o partido.
O presidente do PT disse ainda que vai propor que a reunião do diretório nacional marcada para os dias 15 e 16 de novmebro seja adiada para o final do mês ou para o início de dezembro. Nesta reunião, deve ser decidido finalmente os destinos dos deputados João Fontes (SE), Luciana Genro (RS) e João Batista de Araújo, o Babá (PA), além da senadora Heloísa Helena (AL).
Segundo Genoino, o adiamento servirá para dar mais tempo para que os parlamentares colaborem com as votações no Congresso. Desse modo, a senadora de Alagoas teria a oportunidade de acompanhar o governo nas próximas votações das reformas tributária e da Previdência.
– Até o último minuto vamos esperar que os parlamentares votem com o partido – disse ele.
As informações são da agência Reuters.