| hmin
O Rio Grande do Sul foi em agosto um dos Estados que teve maior participação na redução do contingente de trabalhadores na indústria, com baixa de 4,8% na comparação com o mesmo mês de 2002. O setor de calçados e couro (-5%) contribuiu com a maior pressão negativa no RS. No acumulado de janeiro a agosto, o Estado registrou queda de 1,81% no pessoal ocupado assalariado e no dos 12 meses a variação negativa ficou em 1,2%. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário foram divulgados nesta sexta, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A redução de 0,9% da média nacional – quinta queda consecutiva na análise mensal – também sofreu influência das baixas verificadas no Rio de Janeiro (-4,8%), em São Paulo (-0,6%) e em Minas Gerais (-1,9%). Assim como contribuiu a indústria de coureiro calçadista na taxa global de desemprego, as indústrias de minerais não metálicos (-6,7%), têxtil (-5,7%), vestuário (-4,2%) também pressionaram para queda.
Após seis meses consecutivos mostrando queda na comparação mês/mês anterior, em agosto, o indicador do emprego industrial em todo o Brasil assinala 0,1% de crescimento em relação a julho, na série livre de influências sazonais. Ainda assim, entre janeiro e agosto deste ano, o emprego acumula queda de 1,7%. No acumulado do ano o decréscimo foi de 0,4% e no acumulado nos últimos 12 meses a taxa ficou em -0,3%.
No confronto com agosto de 2002, entre os locais que apontaram aumento nos postos de trabalho, a região Norte e Centro-Oeste (3,9%) e o Paraná (3,0%) exerceram as contribuições mais significativas, ambos impulsionados por alimentos e bebidas, setor que alcança taxas de 6,8% e 9,7% nos respectivos locais. Confirma-se, mais uma vez, o destaque para alimentos e bebidas que, com uma ampliação de 2,5% no número de pessoas ocupadas, foi a principal influência na formação da taxa global.
A folha de pagamento dos trabalhadores do setor industrial, após dois meses consecutivos de expansão, voltou, em agosto, a registrar perda real na comparação com o mês anterior (-1,3%), já descontadas as influências sazonais. Nos demais indicadores, a folha de pagamento da indústria brasileira permanece mostrando perda real: -4,2% em relação a agosto de 2002, -5,9% no acumulado do ano e -4,8% nos últimos 12 meses. Já no Rio Grande do Sul, na comparação com agosto de 2002, a queda na folha de pagamento ficou em 2,22%, enquanto nos últimos oito meses a variação negativa foi de 3,06% e no acumulado dos últimos 12 meses constatou-se redução de 1,91%.
Na comparação com o mês anterior, o indicador nacional de horas pagas na indústria exibiu uma redução de 0,8% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, sendo essa a quarta taxa negativa consecutiva.O número de horas pagas apontou redução de 1,7% em relação a agosto de 2002, a sexta consecutiva, com 11 dos quatorze locais pesquisados exibindo recuo neste indicador. Em termos regionais, a principal
influência
negativa na formação do índice global foi registrada no Rio Grande do Sul (-5,6%), seguido por São Paulo (-1,6%) e Rio de Janeiro (-5,2%). O Estdo teve no acumulado de janeiro a agosto queda de 2,46% e nos últimos 12 meses a variação negativa ficou em - 1,71%.