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 | 24/02/2001 13h

Pecuaristas prevêem aumento das exportações com fim do embargo

A suspensão do embargo à carne brasileira pelos países do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), anunciada na sexta-feira, teve gosto de vitória para os pecuaristas e industriais do setor. Mais do que a retomada de um mercado importante como o dos Estados Unidos, os produtores acreditam que o episódio servirá como marketing para o produto nacional no mundo. O boicote, determinado no dia 2 de fevereiro pelo Canadá e seguido por Estados Unidos e México, às importações de carne industrializada foi motivado pela suspeita de contaminação do rebanho brasileiro com a encefalopatia espongiforme bovina, a doença da vaca louca, que já provocou a morte de mais de 200 mil bovinos na Europa. O México foi o único que ainda não se manifestou, mas a oficialização da medida daquele país é esperada para segunda-feira. A visita de uma missão técnica dos três países ao Brasil na semana passada e a constatação de que o gado não oferecia riscos de contaminação pela enfermidade garantiu a suspensão do bloqueio. Agora, pecuaristas e donos de frigoríficos entendem que o reconhecimento da sanidade dos bovinos produzidos no Brasil será a certificação que faltava para a conquista definitiva de outros mercados exigentes, como o Japão, por exemplo. No comunicado justificando a decisão de voltar a comprar do Brasil, enviado ao ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, no final da noite de sexta-feira, o Departamento Americano de Agricultura (USDA) destaca que a medida foi tomada depois que os especialistas norte-americanos enviados ao Brasil examinaram os controles efetuados pelo governo brasileiro para evitar a doença da vaca louca. Impõe, entretanto, três condições para retomar as importações: os produtos deverão ter o certificado de que contêm apenas carne e/ou produtos bovinos provenientes de animais nascidos e criados no Brasil e a carne deve ser proveniente de gado nascido após a proibição do uso de farinha animal na ração dos bovinos, em 1996. Além disso, os produtos bovinos deverão ter uma declaração que especifique que o gado utilizado foi alimentado apenas com pasto, e não com proteínas animais. Determinações que serão cumpridas à risca, garante Pratini.

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