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O tenista Gustavo Kuerten segue para sua última série de torneios da temporada 2003 confiante no aprimoramento de um fundamento essencial do tênis: o saque. Guga, que embarca nesta quinta, dia 9, de Florianópolis para a Europa, disputará a partir da semana que vem o Masters Series de Madri, na Espanha (quadra rápida e coberta); depois joga em São Petersburgo, na Rússia (rápida e coberta); e encerra o ano com o Masters de Paris, na França (carpete e coberta).
Todas essas competições têm como característica básica a alta velocidade com que a bolinha bate na quadra. Claro que de um torneio para o outro essa velocidade de jogo varia. Como a quadra em Madri é mais áspera, há maior atrito com o chão, e a bola não será tão veloz. Já em São Petersburgo e em Paris o ritmo é mais forte, pois a quadra é mais lisa.
Devido à alta velocidade do jogo, os aces são uma constante na temporada indoor (de quadra coberta) e Guga está confiante com o seu serviço. Um dos motivos é que, recentemente, quase bateu o recorde mundial de aces em um único jogo – no carpete coberto da Copa Davis, contra o canadense Daniel Nestor, o brasileiro obteve a segunda melhor marca do mundo com 47 aces, atrás do holandês Richard Krajicek, que no Aberto dos Estados Unidos, em 2000, fez 49 contra o russo Yevgeny Kafelnikov.
– Sinto-me mais confortável, estou sacando bem. Do meio do ano para cá houve uma melhora (no saque). Isso é prática, técnica, quase bati o recorde (mundial) na Copa Davis. Estou variando bastante, o circuito também exige isso – disse o tenista após seu último treino na academia P&K, na capital catarinense, nesta quinta.
Além de estar com um saque melhor, o catarinense reconhece que há outras diferenças na forma como está encarando o término da temporada 2003, em relação ao mesmo período no ano passado.
– São dois momentos distintos. No ano passado, comecei a ir bem a partir do Aberto dos EUA, quando meu nível de empolgação era maior. Depois fiquei doente em Madri e fui para Paris. Este ano foi diferente. Não joguei Lyon para da prioridade a Madri e Paris, esses torneios principais.
Em 2002, Guga caiu na primeira rodada tanto no Masters de Madri quanto no de Paris. Já o torneio de São Petersburgo contará pela primeira vez com a presença do brasileiro na quadra.
O catarinense, no entanto, deverá cair algumas posições no ranking mundial (que leva em consideração os melhores resultados das últimas 52 semanas), que será divulgado na próxima semana, já que não defenderá o vice-campeonato no Torneio de Lyon, na França, que teve início nesta segunda e é preparatório para Madri.
O tenista, que iniciou a temporada afirmando que tinha como objetivo terminar entre os 10 primeiros, disse que está difícil alcançar a meta, mas se sente contente com a forma como foi seu ano no aspecto físico:
– Hoje está difícil ficar entre os 10 primeiros, mas isso pode acontecer se vier um bom resultado. Mas também não vai me favorecer se eu ficar com esse pensamento agora. Estou bem, pois joguei um circuito completo sem nenhuma lesão – disse Guga, que ocupa a 17ª colocação no ranking mundial e é o 16º na Corrida dos Campeões (que leva em consideração os resultados da atual temporada).
ANA LETÍCIA DA ROSA