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A produção industrial cresceu 1,5% em agosto frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O aumento observado é o maior do ano neste tipo de comparação, segundo divulgação realizada nesta terça, dia 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, em relação a agosto de 2002, houve queda de 1,8%. O acumulado janeiro-agosto, relativamente a igual período do ano anterior, ficou em -0,5%. A taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, mostrou aumento de 1,7%, abaixo, portanto, da taxa de 2 % observada no mês de julho deste ano.
O resultado de agosto reflete o movimento positivo de 13 dos 20 ramos pesquisados e de três das quatro categorias de uso. Entre os ramos de maior peso na estrutura industrial, destacam-se os resultados positivos de: mecânica (2,9%), material de transporte (2,3%), têxtil (2,9%) e produtos alimentares (1,7%).
Na análise por categorias de uso, há um claro destaque do segmento de bens de consumo duráveis, que entre julho e agosto últimos apresentou o terceiro resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação, crescendo 5,2% no mês e acumulando taxa de 8,2% no período entre junho e agosto.
– São sinais ainda discretos de recuperação, sobretudo nos bens de consumos duráveis, influenciados principalmente pelas vendas de automóveis – disse o coordenador de Indústria do IBGE, Sílvio Sales.
A produção de bens de capital cresceu 1,5%, e a de bens intermediários, 1,2%. Nos últimos dois meses, na comparação agosto 2003/junho 2003, o segmento de bens de capital avançou 2,3%, e o de bens intermediários, área de maior importância na estrutura industrial, cresceu 2,5%.
Em contraste com esse movimento de elevação no nível de atividade nos últimos dois meses, a produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis mostrou nova queda na passagem de julho para agosto (-0,8%). Foi o terceiro resultado negativo consecutivo, o que levou a uma perda de 3,3% no confronto agosto 2003/maio 2003. Em relação a agosto de 2002, indústria apresenta o quinto resultado negativo consecutivo.
Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice de agosto (-1,8%) foi o quinto resultado negativo consecutivo. Dezesseis ramos industriais assinalaram queda, e as de maior impacto sobre o índice global da indústria foram as de material elétrico e de comunicações (-8,3%), vestuário e calçados (-16,0%), farmacêutica (-22,9%) e minerais não metálicos (-8,5%). Entre as quatro indústrias que cresceram frente a agosto de 2002, os destaques foram mecânica (6,4%) e extrativa mineral (1,7%).