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 | 28/01/2001 18h41min

Mexicano acusa transgênicos de reduzirem mercado das nações latino-americanas

Durante o debate sobre biodiversidade do Fórum Social, ocorrido na manhã de sábado, o líder da organização não-governamental Via Campesina, o mexicano Ernesto Ladrón de Guevara, acusou os países industrializados de produzirem em seus territórios substitutos geneticamente modificados para os produtos tropicais e, com isso, reduzir o mercado para as nações latino-americanas. Devido a esse processo, disse, as grandes indústrias de alimentos estão deixando de usar cacau, substituindo-o por soja geneticamente modificada. Também estariam enfrentando a substituição progressiva a cana-de-açúcar, o trigo e, mais recentemente, o café. – Grande parte do chocolate consumido no mundo não tem mais cacau e o consumidor não é corretamente informado de que está comprando um produto com ingredientes geneticamente modificado – criticou. Embora o México sofra mais, por estar próximo dos Estados Unidos, todos os países de clima quente enfrentam o problema, afirmou. Os Estados Unidos cultivam 24 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas e exportam para o México 5 milhões de toneladas ano dos grãos colhidos. No mesmo debate, o italiano Riccardo Petrella, da Universidade de Louvain, na Bélgica, defendeu fim das patentes das empresas de biotecnologia. Ele diz que a atual lei de patentes se converteu numa forma nociva de "privatização do conhecimento" que está sendo "dominado por meia dúzia de grandes empresas". Mais informações sobre o evento no especial Fórum Social Mundial.

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