| 26/01/2001 14h44min
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, disse nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Gaúcha, que mais importante do que reduzir a jornada semanal de trabalho é desonerar a produção dos pequenos e médios empresários – para gerar mais empregos no país –, realizando uma profunda reforma tributária. Felício participa na tarde desta sexta da palestra Trabalho, Emprego e Renda, dentro da programação do Fórum Social Mundial. Segundo ele, a política econômica do governo federal é a principal responsável pelo altíssimo desemprego no país. – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria canalizar seus recursos para pequenas e médias empresas, responsáveis por 70% dos empregos no país – disse Felício. De acordo com o líder sindical, a redução da jornada de trabalho – de 44 horas para 40 horas – criaria cerca de 1,7 milhão de empregos. Uma alteração no sistema de impostos, fazendo com que a cobrança fosse proporcional à quantidade de empregados e lucratividade da empresa, também seria um dos caminhos para solucionar o problema do desemprego, segundo o presidente da CUT. – As empresas de tecnologia instaladas no país pagam 15% de impostos sobre seus investimentos, e, em outros países, essa carga chega a até 38% – ressaltou Felício. Mais informações sobre o evento no especial Fórum Social Mundial.