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Durante encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em Brasília, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, afirmou nesta quinta, dia 3, ser possível estabelecer uma taxa de juros mensal inferior a 3% nas operações de financiamento com desconto em folha de pagamento. Para o sindicalista, a formalização desse mecanismo permitirá aos bancos que apliquem uma taxa de juros consideravelmente mais baixa do que as cobradas em outras modalidades de crédito, dentre as quais o cheque especial.
Marinho espera firmar um protocolo com a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) no encontro desta quinta. Em seguida, as centrais sindicais terão encontros com as entidades empresariais para fechar a proposta. O sindicalista assegurou que vários segmentos industriais sinalizaram positivamente em relação ao mecanismo, garantindo, inclusive, que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é uma dessas entidades que se mostraram a favor da idéia.
Do lado do governo federal, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse acreditar ser possível a formalização de um acordo entre os bancos, centrais sindicais e empresas para permitir o desconto direto na folha de pagamento de empréstimos concedidos a trabalhadores. Meirelles também participa da discussão na reunião, que conta, ainda com as presenças do diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, do presidente da Federação das Associações de Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, e dos dirigentes das principais centrais sindicais do país.