| 10/01/2001 21h20min
O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, anunciou, nesta quarta-feira em Brasília, que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, mais Bahia e Sergipe, são zonas livres de peste suína clássica. O ministro estima que a medida provoque um aumento das exportações de carnes brasileiras dos U$ 1,9 bilhão, registrado em 2000, para U$ 2,3 bilhões este ano. Somente na suinocultura, Pratini prevê um aumento nas exportações de US$ 185 milhões para US$ 260 milhões de um ano para outro. O governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, lembrou que o Estado atualmente responde por cerca de 70% das exportações nacionais de carne suína e que a notícia de zona livre da peste assegura mais ânimo aos produtores. Amin aposta que a possibilidade de conquistas de novos mercados ampliará a renda da pequena propriedade, base da produção do setor em Santa Catarina. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, o gaúcho José Adão Braun, projeta aumento das vendas externas e na melhoria dos preços ao produtor. Na solenidade que atraiu centenas de pessoas à sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi formalizado ainda o Circuito Pecuário Leste como livre da febre aftosa com vacinação e ainda houve o reconhecimento de Mato Grosso do Sul e Tocantins e as zonas tampão de Goiás, Mato Grosso e São Paulo como livre da febre. O ministro da Agricultura aproveitou para anunciar que será colocado em prática um programa de combate à brucelose e à tuberculose. Quanto à situação sanitária do Circuito Pecuário Sul (formado por Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o secretário de defesa agropecuária do ministério da Agricultura, Luiz Carlos de Oliveira, informa que até o final de janeiro a sorologia das propriedades da região de Jóia, no Oeste gaúcho, deverão estar prontas. Com o resultado negativo para a aftosa, o ministério poderá reativar dentro de 90 dias a condição da região como zona livre de aftosa sem vacinação.
CAROLINA BAHIA