| hmin
Consumidor brasileiro terá que pagar o reajuste das tarifas de telefonia fixa em uma única vez. O aumento sem parcelamento, anunciado nesta quinta, dia 26, representou uma derrota do governo nas negociações com as operadoras. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ainda não comunicou o índice oficial.
A sugestão da Anatel era que o reajuste das tarifas de telefonia fixa fosse dividido em três vezes: uma agora, outra em novembro e a terceira em abril de 2004. Além disso, a agência não queria que a primeira parcela ultrapasse a variação do IPCA, de 17,24%. As seis concessionárias de telefonia fixa (Telemar, Telefônica, Brasil Telecom, Embratel, CTBC e Sercomtel) ganharam a disputa com o governo.
Conforme declarações de Fernando Xavier Ferreira, presidente da Telefônica no Brasil, a assinatura e o pulso serão reajustados, em São Paulo, em 24,5%. O valor pago em novas habilitações e assinaturas não-residenciais terá aumento de 41,7%, segundo informou o executivo durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com ele, não haverá parcelamento porque se entendeu que isso significaria quebra de contrato. A derrota do governo nas negociações desagradou o ministro das Comunicações, Miro Teixeira. Antes mesmo da conclusão das negociações, ele disse que as conversas estavam muito duras.
– É uma negociação muito dura. Foi contra isso que nós batalhamos para editar um decreto que impedisse por 20 anos essa indexação – disse Miro.
A expectativa quanto ao reajuste fez com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) suspendesse os negócios com as ações das empresas de telefonia fixa às 13h44min. A interrupção teria sido solicitada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o reajuste de 24,5% da telefonia em São Paulo terá impacto de 0,48 % na inflação para o consumidor de São Paulo medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV.
As informações são da Globo News e da Agência Reuters.