Serviço | 14/02/2011 21h12min
A unidade de dependência química do Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, está com escassez de pacientes. Enquanto em alguns centros de saúde é uma luta para se conseguir um leito para tratar de viciados em crack, cocaína e álcool pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Litoral Norte sobram vagas em leitos psiquiátricos para desintoxicar crianças e adolescente.
A unidade tem nove leitos e 11 profissionais especializados. Desde a criação do setor há um ano e nove meses sempre sobram vagas.
— Tentamos manter constante comunicação com os órgãos especializados que podem enviar esses pacientes para cá, mas, mesmo assim, não estamos tendo resultado — afirmou Francieli de Mello, coordenadora da unidade.
Para a equipe, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, a baixa procura pode estar associada a dois fatores: desinformação e resistência da própria família.
Conforme os especialistas, a desintoxicação do dependente químico no Hospital Santa Luzia pode durar até três semanas.
Depois, ele é encaminhado para outros locais para continuar o tratamento. O espaço recebe pacientes que ainda não tenham completado 18 anos, de qualquer cidade do Estado.