Verão | 08/02/2011 18h10min
O tempo nublado afugentou os banhistas da beira da praia de Capão da Canoa. Para movimentar a venda de pipas e chamar a atenção daqueles que resistiram ao céu encoberto, Marcos Nabil Cunha, 28 anos, amarrou mais de 20 delas, o que deixou a tripa visível de diversos pontos da praia.
— Fiz assim para ver se vende. Com esse tempo feio, o pessoal se manda da praia e eu não vendo nada. Assim, espero chamar a atenção - disse Cunha, que nasceu em Santos, litoral de São Paulo, mora em Curitiba e se muda para o Litoral Norte todo o verão desde 2003.
E deu certo. Cunha não chega a ficar dois minutos sem que alguém pelo menos lhe pergunte o valor do produto.
Segurar o cordão de náilon cravejado de pandorgas não é para qualquer um. Exige técnica e força. Depois que atinge um número considerável de exemplares, Cunha amarra o mostruário na sacola e deixa que ela sofra o impacto da força do vento.
Mas, Cunha não tem do que reclamar. A R$ 10,00 cada uma. Ela vende uma média de 20 por dia.
— No ano passado eu vendia umas de papel, com rabo preto. Esse, são as aves e os desenhos coloridas que estão em alta. Procurei um material mais resistente, o mesmo aquele dos guarda-chuvas. O pessoal gostou - explicou o vendedor.